Quando o medo de sapos atrapalha a vida
Você já conheceu alguém que tem pavor de sapo? Não estamos falando só de nojo ou estranhamento, mas de uma reação intensa de medo, fuga ou até crises de ansiedade só de ver, ouvir ou pensar em sapos, rãs ou animais parecidos. Esse medo tem nome: batracofobia.
A batracofobia é um tipo de fobia específica, ou seja, um medo irracional e desproporcional diante de uma situação ou objeto. No caso, o animal tem relação com o trauma.
Quem sofre dessa fobia pode entrar em pânico ao ver um sapo em um jardim ou mesmo uma imagem dele em um vídeo. Em casos mais severos, a simples ideia de estar em um local onde possa haver sapos já gera ansiedade.
Experiências negativas
Segundo o site Minuto Saúde, fobias específicas são bastante comuns e, muitas vezes, têm origem em experiências negativas na infância. Um susto, um contato forçado ou até histórias contadas por outras pessoas podem influenciar.
No caso da batracofobia, é possível que a pessoa tenha associado o sapo a algo perigoso ou nojento e, com o tempo, esse medo foi se intensificando.
Reação do corpo
sudorese, taquicardia, falta de ar e até tremores. Isso acontece porque o cérebro ativa o modo de luta ou fuga, como se a pessoa estivesse diante de uma ameaça real. Embora o sapo em si não represente perigo na maioria das situações, a resposta emocional é vivida como se fosse. |
Tratamento com a Terapia Cognitivo-Comportamental
O tratamento mais indicado para esse tipo de fobia é a terapia cognitivo-comportamental (TCC). Nela, o psicólogo ajuda o paciente a identificar os pensamentos distorcidos sobre o objeto temido e, aos poucos, enfrentar esse medo de forma segura e gradual.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é um tipo de terapia que junta técnicas da psicologia comportamental com algo que a gente chama de reestruturação cognitiva.
Isso significa, basicamente, ajudar a pessoa a mudar pensamentos que são distorcidos, negativos ou exagerados aqueles que não batem com a realidade, mas que acabam gerando muito sofrimento.
No caso das fobias, muitas vezes, a pessoa tem um pensamento automático de que aquilo é extremamente perigoso, mesmo quando não é. O problema é que esses pensamentos acontecem tão rápido que a pessoa nem percebe.
Na TCC, o psicólogo ajuda o paciente a identificar esses pensamentos e, depois, questioná-los, como se fosse investigando se aquilo faz mesmo sentido.
Em casos extremos
Em casos mais graves, pode ser necessário uma consulta com um psiquiatra, que poderá indicar alguns medicamentos para o tratamento da fobia.
Dentre os medicamentos receitados para tratar fobias específicas estão os antidepressivos e os ansiolíticos, que diminuem a ansiedade e podem prevenir ataques de pânico.
Lembre-se, as fobias podem parecer bobas para quem vê de fora, mas para quem vive com elas, o sofrimento é real. Por isso, é importante respeitar e acolher, além de orientar a busca por ajuda psicológica.
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Referências
STOSNY, Steven. O livro das fobias e manias: 99 obsessões para entender a mente. Tradução de Claudio Blanc. São Paulo: Editora Alaúde, 2018.