Síndrome de Ekbom
Você já imaginou sentir algo se mexendo, picando ou rastejando debaixo da sua pele, mesmo sem nenhum sinal visível? Essa é a realidade de pessoas que sofrem da Síndrome de Ekbom, também conhecida como delírio de infestação parasitária ou delírio dermatozóico.
Trata-se de um distúrbio psiquiátrico raro em que o paciente tem a convicção inabalável de que seu corpo está infestado por insetos, vermes ou outros parasitas, apesar de exames médicos não mostrarem nenhuma evidência física disso.
Quem tem essa condição relata sintomas muito reais para eles, como:
Coceira intensa e sensação de formigamento. |
Ver ou sentir pequenos seres se movendo sob a pele. |
Lesões na pele causadas por coçar ou tentar remover os supostos parasitas como cortes ou infecções. |
Apesar dos relatos detalhados, exames de sangue, biópsias de pele ou análises de amostras que os pacientes muitas vezes trazem em potes, como fios ou pedaços de pele não revelam nenhum organismo. O problema, portanto, está na percepção distorcida do cérebro, não em uma infestação real.
Por que isso acontece?
As causas exatas ainda são desconhecidas, mas a síndrome está ligada a distúrbios psiquiátricos, como: – Esquizofrenia, demência especialmente em idosos e ao uso de drogas como cocaína ou metanfetamina.
Alguns estudos sugerem que alterações em áreas do cérebro responsáveis pela percepção sensorial podem estar envolvidas. Além disso, situações de estresse extremo ou isolamento social podem desencadear ou piorar os sintomas.
Diagnosticar a Síndrome de Ekbom é um desafio. Muitos pacientes insistem em consultar dermatologistas ou infectologistas antes de aceitar ajuda psiquiátrica.
Viver com a Síndrome de Ekbom é angustiante. Muitos pacientes se isolam, gastam fortunas em exames ou até lesionam a pele tentando extrair os parasitas. Por isso, o acompanhamento médico é essencial.
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