Síndrome das Pernas Inquietas

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Jonnas Vasconcelos

Jonnas Vasconcelos é graduando em Psicologia e apaixonado por entender o comportamento humano em suas múltiplas facetas.

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SPI?

A síndrome das pernas inquietas (SPI), também chamada de síndrome de Ekbom, é um distúrbio neurológico que provoca desconforto nos membros inferiores, desencadeando uma necessidade involuntária e incontrolável de movimentar as pernas.

Esse quadro se manifesta principalmente durante o repouso, especialmente à noite, comprometendo a qualidade do sono e, consequentemente, a qualidade de vida do paciente.

Esse distúrbio é mais comum entre adultos e idosos, embora possa afetar pessoas de qualquer idade. Em casos mais graves, os sintomas também podem atingir os braços, tornando-se ainda mais incapacitantes.

Segundo a redatora Maria Helena Varella Bruna, que desde os anos 1990 integra a equipe do Portal Drauzio Varella, a SPI não apenas interfere no descanso, mas também impacta atividades cotidianas, como assistir a um filme, participar de reuniões ou realizar viagens longas, prejudicando o convívio social e o bem-estar emocional do indivíduo.

Como identificar a Síndrome das Pernas Inquietas?

Os sintomas da síndrome das pernas inquietas variam em intensidade, podendo ser leves, moderados ou graves. Entre os mais comuns, destacam-se

● Sensação de desconforto ou formigamento nas pernas

● Necessidade irresistível de movimentar as pernas para aliviar o incômodo

● Dor leve ou pontadas

● Arrepios ou sensação de queimação

● Piora dos sintomas durante a noite ou em momentos de repouso.

Embora o movimento alivie momentaneamente o desconforto, essa melhora é temporária, tornando o sono fragmentado e pouco reparador. Como consequência, o paciente acorda cansado, indisposto, mais propenso à irritabilidade, ansiedade e até mesmo à depressão.

A ingestão excessiva de cafeína, o tabagismo e o consumo de álcool podem agravar os sintomas, tornando o quadro ainda mais difícil de controlar.

Causas e diagnóstico

As causas exatas da SPI ainda não são completamente conhecidas, mas estudos apontam que fatores genéticos desempenham um papel importante.

Além disso, a deficiência de dopamina um neurotransmissor ligado ao controle motor e a carência de ferro em determinadas áreas do cérebro estão associadas ao surgimento dos sintomas.

Em alguns casos, a síndrome pode estar relacionada a outras condições, como polineuropatia, insuficiência renal, gravidez ou até mesmo o uso prolongado de certos medicamentos, como antidepressivos e neurolépticos.

O diagnóstico é predominantemente clínico, baseado na descrição dos sintomas e na avaliação médica. Exames como a polissonografia que monitora o sono e a medição dos níveis de ferritina e transferrina proteínas que transportam ferro no sangue podem ajudar a confirmar o quadro.

Tratamento e controle da síndrome

O tratamento da síndrome das pernas inquietas varia conforme a gravidade dos sintomas. Casos mais leves podem ser controlados com mudanças no estilo de vida, como evitar cafeína, álcool e tabaco, além de praticar atividades físicas regulares.

Em situações mais severas, podem ser prescritos medicamentos como benzodiazepínicos, que auxiliam na qualidade do sono, ou fármacos que estimulam os receptores de dopamina, como o pramipexole e o ropinirole.

Esses medicamentos ajudam a aliviar os sintomas sem aumentar os níveis de dopamina no sangue periférico, reduzindo os efeitos colaterais.

Recomendações importantes

Maria Helena Varella Bruna destaca que a síndrome pode ser confundida com manhas ou distúrbios de comportamento em crianças, e com perda de faculdades mentais em idosos. Por isso, é fundamental que familiares estejam atentos aos sinais e busquem orientação médica.

● Não automedicar-se sem prescrição médica

● Reduzir ou eliminar o consumo de cafeína, álcool e cigarro

● Manter uma rotina de sono regular e ambiente propício para o descanso

● Estar atento ao uso de antidepressivos e neurolépticos, que podem desencadear sintomas semelhantes.

A SPI pode afetar significativamente a vida do paciente e de quem convive com ele, mas o diagnóstico correto e o tratamento adequado são capazes de controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

O conteúdo deste artigo foi elaborado com base nas informações revisadas pela redatora e revisora Maria Helena Varella Bruna, que integra a equipe do Portal Drauzio Varella desde os anos 1990.

Seu trabalho consiste em produzir conteúdos atualizados sobre doenças e sintomas, acompanhando os avanços científicos para garantir informações de qualidade à população.


Artigo produzido por:

Maria Helena Varella Bruna é redatora e revisora, trabalha desde o início do Site Drauzio Varella, ainda nos anos 1990. Escreve sobre doenças e sintomas, além de atualizar os conteúdos do Portal conforme as constantes novidades do universo de ciência e saúde.

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