Compreendendo os estilos de apego e a relação com as perdas

1000011984

Jonnas Vasconcelos

Jonnas Vasconcelos é graduando em Psicologia e apaixonado por entender o comportamento humano em suas múltiplas facetas.

Artigos Recentes

E-book Gratuito

Depressão em Idosos

Baixe o e-Book “Depressão em Idosos” e descubra como identificar, entender e ajudar quem está enfrentando esse desafio silencioso.

Tags

Compreendendo os estilos de apego e a relação com as perdas

Estilos diferentes de apego

O modo como nos conectamos afetivamente com outras pessoas está diretamente ligado aos vínculos que estabelecemos na infância, principalmente com nossos cuidadores.

É a partir dessas primeiras experiências que formamos padrões de apego estruturas internas que influenciam profundamente nossos relacionamentos, nossas reações diante de perdas e a forma como lidamos com a intimidade.

O artigo tem como base principal, o livro “Psicologia na Prática ” da psicóloga em Terapia cognitivo-comportamental Alana Anijar.

Apego Seguro

Segundo a psicóloga Alana Anijar, os indivíduos com um estilo de apego seguro se sentem confortáveis tanto em se aproximar quanto em depender de alguém. Eles conseguem se abrir emocionalmente sem medo excessivo de serem rejeitados ou abandonados.

Isso porque, geralmente, tiveram uma infância estável, com cuidadores atentos, constantes e afetuosos.Essa base emocional sólida os torna mais resilientes.

Ou seja, mesmo diante de perdas ou mudanças importantes, são capazes de sofrer, sim, mas também de se reorganizar internamente e seguir em frente, sem perder a capacidade de amar e confiar novamente.

Apego Ansioso

Diferente do apego seguro, o ansioso carrega muita incerteza nas relações. São pessoas que desejam estar próximas, mas sentem insegurança constante: “Será que gostam de mim?”, “Será que vão me deixar?”.

Essas dúvidas constantes geram comportamentos de ciúme, vigilância e necessidade de validação.Esse padrão geralmente está relacionado a experiências infantis com cuidadores imprevisíveis ora presentes e carinhosos, ora ausentes ou instáveis.

Diante de uma perda ou transformação, essas pessoas tendem a ficar ainda mais ansiosas e receosas, tendo dificuldade em lidar com a dor e o medo do abandono.

Apego Evitativo

Já o estilo evitativo se manifesta na dificuldade de criar laços profundos. São pessoas que valorizam muito a independência e evitam se mostrar vulneráveis. Preferem não depender de ninguém e têm certa resistência à intimidade emocional.

Na infância, podem ter crescido em ambientes onde expressar sentimentos não era bem-vindo ou onde o afeto era escasso. Assim, aprenderam a se proteger afastando-se emocionalmente.

Apego Desorganizado (ou Ansioso-Evitativo)

Existe ainda um quarto tipo, menos comum, mas muito desafiador. É o apego desorganizado, que mistura características dos dois estilos anteriores, por um lado, a pessoa deseja conexão, por outro, teme profundamente essa aproximação.

Esses indivíduos, muitas vezes, viveram experiências traumáticas com figuras de apego, como abuso, negligência ou relações confusas e contraditórias.

O resultado é uma relação instável com o afeto, marcada por medo, vergonha e confusão. Em situações de perda, podem sofrer intensamente, mas têm dificuldade de expressar o que sentem e buscar ajuda.

Refletindo sobre as perdas

A forma como nos relacionamos também influencia como enfrentamos o luto e as mudanças da vida. E aqui, vale lembrar, que o luto não está ligado apenas à morte.

Pode ser o fim de um relacionamento, a saída de um trabalho, uma mudança de cidade, transformações no corpo ou na identidade tudo aquilo que nos faz sentir que algo foi deixado para trás.

Pensar sobre qual é o nosso estilo de apego pode nos ajudar a compreender por que certas situações nos afetam de forma tão intensa. Sugiro que você leia o livro “Psicologia na Prática” um livro simples maravilhoso.


Matéria produzida por:

Livro base para o artigo

Psicologia na Prática

COMPARTILHE ESTE CONTEÚDO:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *