A leitura
A leitura não é uma habilidade inata do ser humano. Na verdade, ela é fruto de um processo longo e complexo que a humanidade levou milhares de anos para desenvolver, aprimorar e consolidar. Quem explica isso de forma bastante clara é a neurocientista Maryanne Wolf, autora do livro “O Cérebro Leitor” (Editora Contexto), durante uma entrevista concedida à BBC News Brasil.
Circuitos neurais
De acordo com Wolf, a leitura envolve a criação de circuitos neurais específicos, que não nascem prontos em nosso cérebro. Esses circuitos são moldados a partir de estímulos, práticas e aprendizado ao longo da vida.
Além disso, vale destacar que cada idioma ativa áreas diferentes do cérebro, de acordo com suas características e com a maneira como a pessoa aprende essa língua
Desenvolvimento cognitivo
No entanto, apesar dos avanços que a leitura trouxe para o desenvolvimento cognitivo e cultural da humanidade, Maryanne Wolf faz um alerta muito relevante: nossa capacidade de realizar uma leitura profunda está sob ameaça. Isso se deve, principalmente, aos hábitos digitais que dominam nossa rotina atualmente.
Exemplo
Por exemplo, ao usar o celular, é comum lermos de forma superficial, apenas passando os olhos pelos textos enquanto checamos mensagens, respondemos notificações e navegamos em outras abas.
Esse hábito fragmentado enfraquece nossa capacidade de perceber nuances, compreender ironias, refletir profundamente e desenvolver empatia com os personagens e conteúdos
Diante desse cenário, o vídeo apresentado por Paula Adamo Idoeta aborda a fascinante história da leitura, seu impacto na formação do cérebro e da sociedade, além de trazer estratégias para enfrentar a chamada ‘crise de leitura’ na era digital
BBC News Brasil
Divulgação
Jonnas Vasconcelos