Redes Sociais e a Saúde Mental dos Adolescentes

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Jonnas Vasconcelos

Jonnas Vasconcelos é graduando em Psicologia e apaixonado por entender o comportamento humano em suas múltiplas facetas.

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Redes Sociais e a Saúde Mental

Resumo

Este artigo realiza uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL) para investigar os impactos do uso excessivo de tecnologias digitais, especialmente redes sociais, na saúde mental de adolescentes e jovens. Com base em 27 estudos publicados entre 2012 e 2017, identificou-se uma correlação significativa entre dependência tecnológica e problemas psicológicos, como depressão, ansiedade, cyberbullying e isolamento social.

A metodologia seguiu protocolos rigorosos de RSL, utilizando bases de dados como Scielo, PubMed e Google Acadêmico, com critérios de inclusão focados em pesquisas que relacionam tecnologia, saúde mental e adolescentes. Três questões nortearam a análise: (1) riscos do uso excessivo; (2) detecção de problemas via comportamentos online; e (3) escalas para diagnóstico de depressão.

Principais resultados:

1. Riscos Associados:

Cyberbullying e depressão emergiram como os principais problemas, frequentemente interligados. Vítimas de cyberbullying apresentaram maior propensão a sintomas depressivos.

Outros riscos incluem ansiedade social, narcisismo, distúrbios do sono, redução do desempenho acadêmico e comportamentos de dependência semelhantes a vícios químicos.

Exposição a padrões irreais de beleza e sucesso nas redes sociais exacerbou comparações sociais negativas, contribuindo para baixa autoestima e transtornos emocionais.

2. Indicadores Comportamentais:

Uso compulsivo (checar constantemente dispositivos, mentir sobre tempo online) e ansiedade por validação (busca por likes e comentários) foram sinais-chave.

Adolescentes com tendências depressivas frequentemente postavam conteúdo negativo, compartilhavam emoções de forma excessiva (oversharing) ou exibiam isolamento social.

Sintomas como abstinência digital, irritabilidade e prejuízos em relações familiares também foram identificados.

3. Escalas de Diagnóstico:

Inventário de Depressão de Beck (BDI) destacou-se como a ferramenta mais utilizada para detectar depressão.

Outras escalas mencionadas incluem PHQ-9, HADS SRI-25 e BAI-Y, adaptadas para adolescentes.

Conclusões e Recomendações:

O estudo alerta para a necessidade de intervenções multidisciplinares, envolvendo pais, educadores e profissionais de saúde, para promover o uso consciente das redes sociais. Iniciativas como o Instituto DELETE (focado em detox digital) e o GEAT (Grupo de Estudos sobre Adições Tecnológicas) são citadas como modelos eficazes. Os autores sugerem a expansão de pesquisas locais em escolas para validar os achados e desenvolver estratégias preventivas contextualizadas.

Para uma melhor compreensão do tema, baixe gratuitamente o artigo.


Autores:

Karlla Souza
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas/Brasil

Mônica Ximenes Carneiro da Cunha
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas/Brasil

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